quinta-feira, 28 de abril de 2011

Nada é por acaso.
Toquei no nome dela novamente. Sonhei com ela novamente. Só que dessa vez ela não me conhecia, quem sabe uma chance de começar de novo, não errar tanto. Mentir talvez. Ter cuidado com cada palavra, ter cuidado com o que eu poderia falar sobre mim, não falar sobre crenças, evitar desavenças. Ou quem sabe fazer o que eu deveria ter feito, ou seja, não ter feito nada, não ter existido pra ela, ter sido só mais um garoto tímido, com calças rasgadas, camisetas de banda e que usa lápis de olho, que sentava no fundo da sala. Não ligarei mais, o que eu disse, era tudo que eu queria dizer, e me conformei com um 'tá', palavra pequena e irrelevante, mas que de certa forma é tudo pra mim.

Sou um entre 6,5 bilhôes de individuos, pertencente a uma única espécie, entre outras três milhões de espécies classificadas, que vive num planetinha, que gira em torno de uma estrelinha, que é uma entre 100 bilhões de estrelas que compõem um galaxia, que é uma entre outras 200 bilhões de galáxias num dos universos possíveis e vai desaparecer. Olha como sou importante... imagine a importância que tem seu 'tá. Vai à mérda com seu 'tá'.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Foi numa tarde cinza, estranha, até porque tudo na minha vida é assim.

E eu sai pra caminhar, porque não tava com cabeça pra estudar,
um cigarro, outro. Vou por essa esquina ou na outra?
Se meu pai me ver fumando ele vai ficar de cara comigo,
mas que se foda, eu sou assim.
Dobrei a esquina, e ai então estava ela, e , eu não esperava.
É claro que eu esperava, mas não assim, der repente, de frente.
E eu precisava dizer, eu precisava perguntar, e quem sabe era a vida
dela e a minha morte. 
Sentei, esperei, me acalmei. Não. Não me acalmei, só disse
antes que tivesse uma de minhas crises. 
Falei. Pronto.

sábado, 16 de abril de 2011

I Believe In A Thing Called Love
Problema é algo que se resolve. Estou tão feliz e empolgado, mesmo minha vida estando um revolução, uma confusão, e minha mente mais ainda, e minha demissão, só sei que preciso de um tempo, um tempo que eu tinha e com o trabalho me foi cortado bruscamente. Falando de crenças, e credos, estou contente também por poder me firmar no espitismo, por tudo que experencie e estou esperenciando, acho isso muito importante, pelo menos o conhecimento sobre isso, e feliz porque o espirismo está vindo como uma ''NEW AGE'', só que algo bom sabe, antes conceituada de bruxaria, loucura, ou até medo agora está vindo como LUZ, verdade, derrubando os conceitos de certas igrejas do dinheiro. E o bom é que o espiritismo, o bem, não se precisa frequentar lugar algum, nem pagar promessas, é a apenas o bem na sua forma mais natural e humana, de um ajudar ao próximo, e o SENHOR não irá te castigar por você não ir perder tempo sentando e levantando dentro de um lugar cheio de pinturas e bancos desconfortáveis. Estou tão feliz, e gostaria de dizer que te amo, você, você e todos vocês.Falando das minhas crises de pânico, é quase como morrer mesmo, e é horrivel, e não desejo que ninguém sinta isso, mas eu, como passageiro, como o vento, sempre passo e levo algo de bom comigo, e sabe, na hora em que eu achei que iria mesmo morrer eu só lamentei pelo deixaria aqui na terra, o que eu ainda poderia fazer, fora isso eu estava tranquilo pra desencarnar, e isso é ótimo pois agora tenho mais claro isso de desencarnar, e não tenho medo, só como disse, lamento deixar essas pessoas que eu tanto amo, e por talvez não conseguir demonstrar esse amor que sinto, e aposto que todos sentirão a mesma coisa antes de morrer, eu só tive a vantagem ( muito obrigado por isso) de saber disso antes do ''fim'', e falando nisso, as 'ilicitas' também dão um conciência extrema do que é a vida, só que é arriscado, com certeza. fiquem bem todos!

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Foi então que ela se afogou no rio em que se formou de suas próprias lágrimas
Despreocupada, saiu de casa sem rumo, não havia motivos pra ficar ali, ninguém estava ali, pelo menos ninguém que ela quisesse que estivese ali. Dobrando a esquina daquele velho bar amarelo, que sempre tem um velho bebendo wisky com bolinhas brancas, viu seus amigos, na verdade ela não viu, ela é miope, mal encherga seus pés e tropeçar em vultos era sua característica mais forte. Mas ela não queria ir com eles, é sempre a mesma coisa, cigarros, vodka e alguma música que todos amam, e ela odeia. Queria ficar só, apenas com seus gnomos e seus cachorros de rua, adotados um a um e nomeados, ficou sentada ali mesmo no cordão da calçada, e ela não tinha ninguém, e ela tinha tudo, tudo que ela quisesse. Era só mais um fim de tarde frio e vento ao lado daquela porra de igreja mexicana, pediu a um violeiro que tocasse 'regina let's go, o violeiro vendo as pupilas dilatadas da moça, viu foi até sua namorada, e disse 'Ei regina a donde estás vamo-nos!!!E era só mais uma overdose, só que agora ela trabalhava, e tinha que  acordar tarde pra começar seu serviço logo tarde, S + S, e já passavam das quatro, mas ela nem tinha relógio, e também não importava, ela não enchergava, viu só a si mesma, deitada numa cama suja e branca, e ela não queria mais ficar ali. A luz vinha vindo tão forte, e tão lenta, e um chiado insuportável, onde entes habitava sua cabeça. Eu não vi nada disso, só estava junto quando acordou, em casa e chorando, e dizendo, 'eu te amo muito mãe, obrigado por tudo, não sei porque fiz isso, não se preocupe, essa cicatrizes vão sumir, e farei uma tattoagem em homenagem a você. O tubo de oxigênio se desprendeu, todos estavam dormindo, e ela...ela morreu.Foi ai então que ela se afogou no rio que se formou durante sua vida, e se afogava em mágoas, mentiras, e dissabores, ela se afogou em um rio que se formou de suas próprias lágrimas.