sábado, 13 de março de 2010

            Sonho dos Zumbis
No prédio da unimed que não tinha nada a ver com consultórios médicos e sim partamentos, todos com os mesmos números nos andares. Fui no prédio com a intenção de visitar o neninho, que no sonho morava no ap nº 6, fui lá, bati na porta mas tinha uma sala de aula, e os estudantes estavam congelados, só um meio alemão veio na porta e gritou ” ninguém olha pra mim porque eu uso óculos”, depois disso vi várias pessoas correndo, corri na direção contrária pra ver o que tinha acontecido e vi algumas pessoas congeladas e muitas outras tinham virado zumbis, passei correndo por eles, pois zumbis são lérdos, e tinha duas garotas que pareciam ser as comandantes, elas disseram que eu não podia me esconder porque elas me controlavam, uma das garotas era muito bonita, olhos azuis(sobre naturais) mas acho que tinha íris de gato, agarrei ela, nisso a outra garota me transformou em gay, para que eu largasse a garota.
Corri para uma floresta que já tinha atravessado algumas vezes, e tinha um riacho que cortava a floresta, atravessei e cheguei na casa de praia, a qual fiquei alguns dias nesse verão, eu estava procurando um bandeira da Legião Urbana, que era verde e branca (não sei pra que), vi uma árvore e algo me atraiu como se a bandeira pudesse estar lá, e lá estavam as duas garotas, corri pra uma faixa a qual parecia uma do GTA-SA, minha mãe estava lá, perguntei pra ela como os zumbis não pegavam ela, ela respondeu que eles usavam a biblioteca e que ela era bibliotecária e que deixava eles usarem. Fiz sinal pra pedir carona, muitos carros passaram rápido por mim, carros muito bonitos, até que uma mini-vâ, parou, perguntei se tinha lugar pra mais um, pois já haviam quatro pessoas lá, e perguntei se iriam pra Lajeado também, disseram que sim, pedi para esperarem um pouquinho, e fui dar um beijo de despedida nela, pois ela me apoiava, mas sabia que é perigoso, como ir pra guerra. Entrei na vâ que tinha uma garota/mulher muito bonita e acabou o sonho.
Mudanças
Mudanças, tenho a impressão de que aquele lugar vai ficar tão vazio, pois já estava ficando frio e sem vida. Daria minha vida pela dela, mas foi melhor assim, no caso dela não teria jeito melhor, que fosse indolor, ela estava com pressa de encontrar o preferido dela, e também os pais dela, a última vez em que vi ela foi sexta, estava muito fraca, talvez ela nem tenha me reconhecido, no domingo cheguei meia-noite, mas nem quis ver ela, pois sabia que ela estava piorando. Mais tarde, pelas 04:00 fui dormir, ás 06:00 acordei e ouvi pessoas chorando e logo soube, todos já esperavam, eu esperava desde a primeira ida dela ao hospital.
Se ela pudesse fazer qualquer coisa agora, seria estar com o preferido, e tenho certeza que está agora, quando chegamos ao velório não tive coragem de entrar onde ela estava, pensei que não iria conseguir, demorou um pouco até que entrei lá, abracei um dos meus tios e vi ela, mas não me assustei, pois ela parecia estar dormindo. Eu estava feliz e triste ao mesmo tempo, feliz por ela não estar sofrendo e dela finalmente poder estar em paz, e triste por saber que nunca mais vou ver ela, não vou poder fazer coisas simples, como falar com ela, não poder ir á ‘’venda comprar um guaraná de laranja’’, ou poder ouvir mais uma vez a velha história de que ela ganhava 100 cruzeiros por mês, 50 era pro aluguei, e 50 pro leite que eu tomava, e que um dia a mãe estava trabalhando e me deixou com ela, e eu não parava de chorar, e que ela tinha feito de tudo mas eu não parava de chorar.
Depois que vi ela no caixão não chorei muito mais, pois ela sempre falava ‘’ que coisa chata as pessoas ficarem lá chorando (nhénhé)’’ e que preferia uma festa, pedi desculpa pra ela, por ter chorado muito, acho que ela não tinha noção de como era importante e que iria fazer tanta falta. Gostava mais quando ela morava lá em baixo, quando meus tios dormiam entre três em um quarto só, e quando íamos passar o fim de semana lá tínhamos que dormir no mesmo quarto, com aquele ventilador branco que nem fazia vento e que é inexistente hoje, acho que a parte de cima da casa tem algo de ruim, como ‘’assombrado’’, talvez seja por causa do...deixa pra lá.
Na última vez em que estive lá queria ter escrito um livro, de todas as histórias que ela contava, ela acabou sendo internada no hospital e não pude escrever, mas lembro de algumas.
As pessoas só deixam de existir quando não são mais lembradas, minha avó vai ser mortal na mente de todos que conheciam, e que consequentemente amavam ela. Que descanse em paz Ione kurth Motta, vai fazer muita falta por aqui vó.