sexta-feira, 23 de março de 2012

Infância...
                         Infância...

                                                      Infância...          

                                                          Infância....
Lembro do lugar onde nós crescemos, que até foram vários lugares e muitos 'nós'.
Um aniversário a cada fim de semana, um bolo, esconde-esconde e um vômito,
os vômitos continuam, mas não é pelo bolo. Crescemos e decrescemos ao mesmo tempo,
os pais que davam atenção o tempo todo e faziam de tudo pra agradar,
agora só pensam na hora em deixaremos o lar, arrumar um emprego, casar...
Seguir a vida, já que a deles foi perdida em função de uma gravidez indesejada,
passar uma semana em Berlim, andar pela 25 de Março, apertar a mão do papa.
A nossa rua não é a mesma, os amigos nós perdemos pra vida,
alguns a vida levou, como a Rita que morreu afogada em Abril de 2007,
ainda lembro do olhar malicioso dela a me olhar, surpreendida por eu ser tão inoscente.
Com o Luciano nunca mais falei, costumava dar mais atenção ao
Judô e aos bonés que tinha,do que a mim.
hoje provavelmente é mais um bombado sem graça
do que a mim. A Franciele foi trabalhar numa casa noturna,
em uma noite de descuido acabou engravidando e teve dois filhos,
o mais velho trabalha num mercadinho aqui perto, é um bom rapaz,
muito educado e inteligente apesar da mãe e do pai que ele nem sabe quem é.
E o joão, um garoto que estudou comigo na primeira série, chorava todos os dias,
semana passada cometeu suicídio.


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